15. Por esse motivo foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o campo a fim de cuidar dos porcos.
16. Ali, chegou a ter vontade de encher o estômago com as vagens de alfarrobeira com as quais os porcos eram alimentados, no entanto, ninguém lhe dava absolutamente nada.
17. Foi quando, caindo em si, falou consigo mesmo: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida com fartura, e eu aqui, morrendo de fome!
18. Levantar-me-ei, tomarei o caminho de volta para meu pai, e ao chegar lhe confessarei: Pai, pequei contra o céu e contra ti.
19. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores’.
20. E, logo em seguida, levantou-se e saiu na direção do pai. Vinha caminhando ele ainda distante, quando seu pai o viu e, pleno de compaixão, correu ao encontro do seu filho, e muito o abraçou e beijou.
21. Então, o filho lhe declarou: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho!’.
22. Entretanto, o pai ordenou aos seus servos: ‘Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o com distinção, ponde-lhe o anel de autoridade e as sandálias de filho.
23. Também trazei o novilho gordo e o preparai. Comamos, façamos uma grande festa e regozijemo-nos!
24. Porquanto este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi encontrado’. E começaram a celebrar o seu regresso.
25. Entrementes, o filho mais velho estava no campo. Quando foi se aproximando da casa do pai, ouviu o som da música e das danças.
26. Então chamou um dos servos e indagou-lhe sobre o que estava acontecendo.
27. Este informou: ‘Teu irmão regressou, e teu pai mandou matar o novilho gordo, porque o recebeu de volta são e salvo!’.
28. Mas o filho mais velho encheu-se de ira, e negou-se a entrar. Então o pai saiu e insistiu com ele.
29. Porém ele replicou ao pai: ‘Há tantos anos tenho trabalhado como um escravo para ti sem nunca ter desobedecido a uma só ordem tua. Contudo, tu nunca me ofereceste nem ao menos um cabrito para que pudesse festejar com meus amigos.