6. Os teus companheiros farão dele um banquete? ou o repartirão entre os negociantes?
7. Encherás a sua pele de ganchos? ou a sua cabeça com arpéus de pescadores?
8. Põe a tua mão sobre ele, lembra-te da peleja, e nunca mais tal intentarás.
9. Eis que a sua esperança falhará; porventura também à sua vista será derrubado?
10. Ninguém há tão atrevido, que se atreva a despertá-lo; quem, pois, é aquele que ousa pôr-se em pé diante de mim?
11. Quem me preveniu, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu.
12. Não me calarei a respeito dos seus membros, nem das suas forças, nem da graça da sua forma.
13. Quem descobriria a superfície da sua roupa? quem penetrará em sua couraça dupla?
14. Quem abriria as portas do seu rosto? Pois em redor dos seus dentes está o terror.
15. As suas fortes escamas são excelentíssimas, cada uma fechada como com selo apertado.
16. Uma se chega tão perto à outra, que nem um sopro passa por entre elas.
17. Umas às outras se apegam; tanto se travam entre si, que não se podem separar.
18. Cada um dos seus espirros faz resplandecer a luz, e os seus olhos são como as pestanas da alva.
19. Da sua boca saem tochas, faíscas de fogo arrebentam dela.
20. Das suas narinas procede fumaça, como de uma panela fervente, ou de juncos ardentes.
21. O seu hálito faria inflamar os carvões, e da sua boca sai chama.
22. No seu pescoço reside a força; perante ele até a tristeza salta de prazer.
23. Os músculos da sua carne estão pegados entre si; cada um está firme nele, e nenhum se move.
24. O seu coração é firme como uma pedra, e firme como parte da mó de baixo.