18. É que da tristeza procede a morte,e as tristezas do coração abatem as nossas forças.
19. Na aflição persiste a tristeza;uma vida de pobreza traz dor ao coração.
20. Não entregues o teu coração à tristeza,mas afasta-a de ti e lembra-te do fim da vida.
21. Não te esqueças de que da morte não há regresso;a tristeza não ajudará o finado e far-te-á mal.
22. Lembra-te do juízo que pesa sobre mim,pois assim também será o teu;ontem foi a minha vez, hoje será a tua.
23. No descanso do morto, deixa também descansar a sua lembrança;consola-te por ele na hora em que o seu espírito o deixar.
24. A sabedoria do homem estudioso depende do tempo que tem para o lazer;quem não estiver ocupado com o trabalho será sábio.
25. Como pode ser sábio aquele que tem de manejar o arado,que se orgulha de usar bem o ferrão de tocar bois,que tange os bois e se ocupa das suas tarefas, sem parar,e só gosta de conversar a respeito das crias de touros?
26. Ele dá-se de coração a abrir os sulcos,e passa as noites sem dormir alimentando os bezerros.
27. O mesmo acontece com um artesãoou um construtor que trabalha dia e noite,e com os que fazem os entalhes dos sinetes,e com paciência vão variando os desenhos,dedicando o seu coração a reproduzir as figuras,trabalhando até tarde para concluir a sua obra.