20. Mas os companheiros de Simão, levados pela ganância, aceitaram suborno em dinheiro de alguns dos defensores das fortalezas, recebendo setenta mil dracmas e permitiram a fuga de alguns.
21. Ao saber do sucedido, o Macabeu reuniu os líderes do povo e acusou aqueles soldados de terem vendido os seus irmãos por dinheiro, libertando os inimigos que voltariam a lutar contra eles.
22. Mandou-os matar como traidores e conquistou sem demora as duas fortalezas.
23. Bem sucedido em tudo o que fazia de armas nas mãos, matou mais de vinte mil homens nas fortalezas.
24. Timóteo, que já antes tinha sido derrotado pelos judeus, juntou um enorme exército de mercenários, e reuniu grande número de cavaleiros vindos da Ásia, e marchou para a um grande número de cavalos e marchou para a Judeia, a fim de a conquistar pela força.
25. À sua aproximação, Macabeu e os seus dirigiram súplicas a Deus, cobrindo as cabeças de terra e vestindo roupas de pano grosseiro.
26. Prostraram-se no chão, ao pé do altar, e pediram a Deus que tivesse compaixão deles e fosse inimigo dos seus inimigos e adversário dos seus adversários, como declara expressamente a lei.
27. Quando a oração terminou, pegaram nas armas e afastaram-se da cidade uma boa distância. Ao chegarem perto do acampamento dos inimigos, acamparam diante deles.
28. Mal a aurora raiou, os dois exércitos atacaram, esperando um deles o sucesso e vitória do seu valor e da ajuda do Senhor, enquanto os outros tomaram como guia a sua própria fúria.
29. Travava-se a violenta batalha, quando os inimigos viram aparecer no céu cinco figuras impressionantes, em cavalos com rédeas de ouro, que tomaram a liderança dos judeus;
30. colocaram o Macabeu no meio deles e protegendo-o com as suas armaduras, mantiveram-no invulnerável. Lançavam flechas e raios contra os inimigos, os quais, perturbados de cegueira, dispersaram em completa desordem.
31. Foram mortos vinte mil e quinhentos soldados de infantaria e seiscentos da cavalaria.